Onze pessoas são presas em operação contra quadrilha que desmanchava carros e vendia peças

A quadrilha conseguia desmanchar cerca de 80 veículos por semana

Por Pedro Dobal

Os agentes ainda prenderam quatro alvos em Goiás, um em São Paulo, um em Santa Catarina e outro na Bahia
Reprodução

A quadrilha especializada em roubo de carros e revenda de peças que foi alvo de uma operação da Polícia Civil conseguia desmanchar cerca de 80 veículos por semana.

Segundo os investigadores, o grupo chegou a movimentar mais de 30 milhões de reais no intervalo de um ano.

Na ação desta terça-feira (15), onze pessoas foram presas em cinco estados do país. Três suspeitos foram localizados em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e um no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.

Os agentes ainda prenderam quatro alvos em Goiás, um em São Paulo, um em Santa Catarina e outro na Bahia.

Segundo a Polícia Civil, os carros eram levados para dentro das comunidades e as peças eram armazenadas em depósitos alugados em nome de laranjas. Depois, o material era enviado para São Paulo e, de lá, distribuído para outros estados, onde as peças eram vendidas por ferros-velhos e lojas de autopeças no mercado clandestino.

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, explica que o dinheiro obtido com o esquema ainda ajuda a financiar as facções ligadas ao tráfico de drogas.

Um dos principais investigados, Robson Lopes Alves foi preso em São Paulo, em uma casa com um Camaro amarelo na garagem.

A quebra do sigilo dos investigados foi fundamental para revelar diversas provas dos crimes. Entre o material encontrado, estão imagens que comprovam o padrão de vida luxuoso de Robson, incompatível com os bens declarados. As fotos mostram, por exemplo, uma moto aquática avaliada em 110 mil reais que foi comprada por ele e cenas de ostentação em festas com bebidas caras.

Os agentes ainda tiveram acesso a listas com diferentes modelos de carro, com valores de venda muito abaixo dos praticados no mercado legal, o que indica a origem ilícita dos veículos.

As investigações apontam que o grupo pagava entre 1.500 e 2 mil reais por cada carro roubado.

De acordo com os policiais, a organização criminosa era chefiada por Geonário Fernandes Pereira Moreno, o Genaro, que foi morto durante uma operação em setembro. Na época, os bandidos chegaram a ordenar o fechamento de comércios em comunidades de Belford Roxo.

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