Análises de biólogos vão ser feitas para descobrir se a onça parda e o gato maracajá observados em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, podem continuar vivendo ali. A onça era considerada extinta porque não era vista há quase um século na área litorânea.

Os animais foram flagrados por armadilhas fotográficas andando pelas trilhas do Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá. Segundo pesquisadores envolvidos no estudo, o fato mais curioso da aparição foi o avistamento da onça em um local de conservação menor do que o habitual e bem próximo ao mar.

Em nota, a Prefeitura afirma que, oficialmente, uma onça e um gato foram vistos. No entanto, o biólogo e membro do Núcleo de Fotografia Cientifica Ambiental da UERJ, Izar Aximoff, acredita que sejam mais de um animal de cada espécie vivendo na região.

Uma das ações de proteção planejadas pelo Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá é contra a presença de caçadores nas unidades de proteção. De acordo com Revmar, o trabalho é realizado com o apoio da Polícia de Proteção Ambiental.

Além disso, outro trabalho é o de conscientização e preparo da população que vive próximo ao local.  

A presença de onças pardas no estado do Rio não é incomum. Ano passado, um felino foi visto no Parque Estadual do Desengano, que fica nas cidades de São Fidélis e Campos, no Norte Fluminense. Além dele, outros animais da mesma espécie foram flagrados no Sítio Burle Marx em Barra de Guaratiba, outro foi visto no quintal de uma casa na Ilha do Almeida, em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense. E em Macaé, no Norte Fluminense, um dos bichos foi levado para o Inea para um centro de reabilitação.