Oi registra prejuízo com aumento próximo a 400% em 2022

Em conversa com investidores, vice-presidente da telefônica afirma que empresa planeja venda de ativos

Por João Videira (sob supervisão)

Antena de celular da Oi
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Oi registrou prejuízo de R$ 17,6 bilhões no quarto trimestre de 2022, um aumento de quase 400% em relação ao prejuízo de R$ 3,5 bilhões no mesmo período do ano anterior.  

O resultado foi divulgado com mais de dois meses de atraso. O desempenho da companhia foi pior do que o projetado pelo mercado. Analistas estimavam um prejuízo de R$ 885,2 milhões.  

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 396 milhões, o que representou recuo de 76,8% na comparação anual. 

A empresa ainda teve R$ 19 bilhões em dívida líquida no ano de 2022, uma queda de 41,42% ante 2021. 

A empresa passa pelo segundo processo de recuperação judicial. O primeiro foi encerrado em dezembro de 2022, após 6 anos de negociações com credores.

A medida foi aprovada pelo Conselho de Administração da Oi e apresentada no último sábado (20).

Conforme o plano, a Oi irá se desfazer de ativos da empresa de infraestrutura de rede V.tal.

Em uma conversa com o mercado nesta terça (23), o CEO da Oi, Rodrigo de Abreu, disse que a decisão possibilitará que a companhia acelere o crescimento dos negócios.

Na última semana, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) abriu um processo que pode resultar no fim da concessão de telefonia fixa da companhia.  

A agência reguladora questiona se a empresa pode cumprir as obrigações com os clientes. 

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