
Os atrasos em obras públicas do Estado do Rio de Janeiro geraram judicialização, promessas e prejuízo aos cofres públicos nos últimos anos. Desde a retomada das obras do novo Museu da Imagem e do Som, em Copacabana, na Zona Sul da capital fluminense, passando pela finalização da estação da Gávea do sistema metroviário até a prometida reinauguração do Teleférico do Complexo do Alemão, na Zona Norte da cidade.
As obras do metrô da Gávea estão paralisadas há cerca de uma década e já foram adiadas por cinco vezes desde que o Termo de Ajustamento de Conduta foi homologado em outubro do ano passado para a retomada das obras.
O início dos serviços começou em 2013, durante o governo de Sérgio Cabral. No entanto, as obras foram interrompidas após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontar um superfaturamento de R$ 3,7 bilhões. Agora, a previsão é de que as obras sejam retomadas no mês que vem.
O diretor da Amagavea, René Hasenclever, conta que os moradores esperam há anos pelas obras.
Já o Teleférico do Complexo do Alemão foi alvo da Lava Jato. O Ministério da Justiça chegou a identificar que as empreiteiras responsáveis pela obra fraudaram a licitação. O modal chegou a funcionar por 19 meses, mas parou de vez em 2017. Desde então, o que era para transportar cerca de nove mil pessoas todos os dias se transformou em promessas. O prejuízo chegou a R$ 300 milhões.
As obras da fachada do Museu da Imagem e do Som em Copacabana, na Zona Sul do Rio, podem ser retomadas nas próximas semanas, após o consórcio Fachada Copacabana vencer a licitação.
A inauguração do espaço chegou a ser prometida, inicialmente para 2012. Na época, o Governo orçava as obras do museu em R$ 70 milhões. No entanto, até o momento, o investimento é de R$ 90 milhões.