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O mar está para peixe: Lagoa de Araruama tem aumento da vida marinha

Abertura do canal da lagoa para o mar de Cabo Frio, na mesma região, resultou em 8 quilômetros da limpeza da calha

Por Carlos Briggs

O mar está para peixe: Lagoa de Araruama tem aumento da vida marinha
Divulgação

O desassoreamento da Lagoa de Araruama resultou no reaparecimento de peixes que há muitos anos não eram encontrados na cidade da Região dos Lagos. Como consequência, comerciantes conseguiram reduzir os preços de pratos de pescados que são vendidos na localidade.  

O aumento da vida marinha foi observado após as obras para abertura do canal da lagoa para o mar de Cabo Frio, na mesma região. Até agora, a troca hídrica já resultou em 8 km da limpeza da calha. Com isso, a quantidade de pescados triplicou na cidade. Nos últimos três meses, já foram mais de 100 toneladas, de 40 espécies.

A Lagoa de Araruama é o maior ecossistema lagunar hipersalinado em caráter permanente do mundo, que compreende um espalho d'água de 220 KM quadrados e abrange ainda outros cinco municípios.  

Cerca de 1.000 famílias dependem da pesca na região e a expectativa é animadora. Além da economia direta, há também a cadeia produtiva indireta. Estabelecimentos comerciais comemoram o aumento da safra do pescado e, consequentemente, a queda no valor dos peixes. Com a desobstrução do canal, pratos como Tainha, Perumbeba e até Carapeba, que há anos sumiram da cidade, voltaram agora para o cardápio.  

Com um importante adendo: o preço final caiu cerca de 20% para os clientes. Anderson Novaes tem um restaurante em São Pedro D'Aldeia, que fica também na Região dos Lagos. Ele fala dos ganhos com a limpeza do complexo lagunar da região.

Nas peixarias da região, a queda nos preços também chegou a aproximadamente 20% do valor vendido. A expectativa a curto prazo é ainda mais otimista. Até setembro, a promessa do Instituto Estadual do Ambiente, responsável pela obra no canal de Cabo Frio, é de dragar 400 mil metros cúbicos de areia e detritos. O Governo do Estado garante que cerca de 70% da obra já está concluída.

As intervenções foram iniciadas há pouco mais de um ano e estão orçadas em R$ 22 milhões. O recurso vem do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano, o Fecam. 

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