O número de salvamentos de pessoas em elevadores no estado do Rio cresceu 14% de janeiro a julho de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram levantados pelo Corpo de Bombeiros.
De janeiro até esta terça-feira (2), foram 1.656 casos registrados. OITO a cada DEZ episódios aconteceram na capital fluminense, que teve crescimento de 12% no número de salvamentos em elevadores.
Os dados já incluem os três acidentes dos últimos dias. Em Copacabana, na Zona Sul do Rio, um técnico de manutenção morreu dentro de um elevador que despencou. No Centro, uma servidora ficou ferida após o equipamento da Secretaria de Estado de Fazenda atingir o teto. Já no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, um paciente teve uma nova parada cardiorrespiratória, depois de ficar 16 minutos dentro de um elevador parado. A Polícia Civil investiga os casos.
O velório e o sepultamento do técnico de manutenção que morreu no elevador em Copacabana foi realizado na tarde desta quarta-feira (3). Familiares e amigos se despediram de Alex Santos Fernandes, de 40 anos. Ele deixa duas filhas, uma esposa e três irmãos.
Alex começou a trabalhar na empresa de manutenção em outubro do ano passado como estagiário e depois foi efetivado. Ele faria 41 anos no dia 14 de agosto.
Na manhã de terça-feira (2), a Polícia Civil realizou uma perícia complementar no prédio. Durante a tarde, o porteiro do lugar e funcionários da empresa de manutenção prestaram depoimento na delegacia que investiga o caso.
Os elevadores devem passar por uma inspeção anual, segundo as regras. Além disso, as empresas devem realizar manutenção preventiva uma vez ao mês. Para o engenheiro mecânico Gerardo Portela, os condomínios também podem solicitar manutenções corretivas, caso identifiquem problemas nos elevadores.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio criou uma comissão para tratar da fiscalização do exercício legal de engenheiros na instalação, manutenção e modernização de elevadores.
Os fiscais do CREA também visitaram os locais onde os acidentes aconteceram, na terça-feira (2). Eles vão recolher as informações necessárias para encaminhar os dados à Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, do Conselho.
Atualmente, uma decisão judicial libera as empresas de apresentarem a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), instrumento que garante que o profissional seja registrado e habilitado para a prestação de serviços de manutenção ou reparo dos equipamentos. Assim, o documento não foi recolhido pela empresa que presta serviço no Hospital Municipal Salgado Filho, segundo o CREA.
