O tempo que crianças e adolescentes passam em unidades de acolhimento vem caindo nos últimos anos no estado do Rio. É o que revela o 33º Censo da População Infantojuvenil Acolhida, divulgado pelo Ministério Público, nesta sexta-feira (25).
Segundo a pesquisa, 26% das crianças e adolescentes em unidades de acolhimento estão lá há mais de um ano e meio. Em 2023, eram 29%. Já em 2021, esse número era de 40%. O censo deste ano mostra que, desde o primeiro levantamento, em 2007, o número de acolhidos foi reduzido de 3.782 para 1.519, uma diminuição de quase 60%.
Sobre as diminuições, o MP ressalta que essas reduções no tempo de acolhimento indicam que o sistema tem melhorado e cumprido o papel.
A faixa etária de maior presença é de 0 a 6 anos, representando 33,25%. Negligência se mantém desde 2019 como o principal motivo de acolhimento, seguido por abandono pelos responsáveis e abusos físicos ou psicológicos contra a criança ou adolescente.
Das 165 crianças e adolescentes aptas à adoção, 18 possuem entre 0 e 6 anos.
Os maiores motivos de saída das unidades de acolhimento são a reintegração com os pais biológicos e a evasão.