O número de casos de dengue no Rio de Janeiro mais que triplicou neste ano, na comparação com todo o ano passado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, são 18.761 notificações da doença. Esse é o maior número desde 2016, quando a cidade registrou 25.813 casos.
A Zona Oeste é a região que concentra o maior número de pacientes infectados. O bairro de Guaratiba, sozinho, é responsável por 1.901 registros, o equivalente a 7% dos casos. Campo Grande, na mesma região, é o segundo com mais notificações: são 1.500 casos, ou quase 6%. Depois, aparecem os bairros de Santa Cruz, Paciência, Bangu, Senador Camará e Realengo, todos na Zona Oeste do Rio.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, os dados são preocupantes, porque os casos de dengue costumam ser mais frequentes no verão, não no inverno.
O aedes aegypti também transmite outras doenças além da dengue, como a zika e a chicungunha. Como no verão o volume de chuvas é maior, cresce também o número de focos do mosquito, que se reproduz em água limpa e parada.
A especialista em gestão de saúde Chrystina Barros reforça a importância da colaboração da população, mas também pede ações mais enérgicas do poder público.
Os principais sintomas da dengue são febre alta acima de 38,5°C, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.