
O número de ataques a helicópteros policiais no Rio de Janeiro teve uma alta de 300% desde 2021, segundo a Polícia Civil. A corporação atribui a alta ao início da ADPF das Favelas, que impôs restrições em operações durante a pandemia de Covid-19.
O último episódio aconteceu na quinta-feira (20), quando um copiloto foi atingido na cabeça durante uma ação na Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio. Felipe Marques Monteiro está internado com estado de saúde estável, porém ainda grave, no Hospital Municipal Miguel Couto, na Zona Sul da cidade.
Uma campanha para doação de sangue no Hemorio foi divulgada nas redes sociais. Forças de segurança do Rio se uniram. Além dos próprios colegas da corporação, estiveram presentes no Hemorio agentes da SEAP e militares da Força Aérea Brasileira, Marinha e Exército.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, alguns dos envolvidos no ataque já foram identificados.
No dia seguinte ao ataque, uma operação de revista foi feita na Penitenciária Esmeraldino Bandeira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. A unidade abriga integrantes da facção Terceiro Comando Puro, a mesma que atua na Vila Aliança.
O copiloto e o helicóptero são os mesmos do episódio em que uma aeronave precisou fazer um pouso de emergência após ser alvo de disparos e esbarrar em uma fiação em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no mês passado.
A aeronave que agora passou por uma perícia também é a mesma do episódio de fevereiro.
Atualmente, a Polícia Civil possui quatro helicópteros. Além do usado na operação desta quinta-feira, outros dois já estavam fora de serviço porque também foram atingidos por tiros.