O Brasil registra queda de 1,8% no número de assalariados em 2020. Essa foi a maior retração nesse contingente desde 2016. O dado é do Cadastro Central de Empresas, divulgado nesta quinta-feira (23) pelo IBGE.
De acordo o levantamento, também durante o primeiro ano da pandemia, o país teve um crescimento de 8,6% de empresas sem empregados.
Ainda segundo o estudo, a retração envolvendo assalariados atingiu a maioria das atividades econômicas analisadas.
O gerente das estatísticas do Cadastro Central de Empresas, Thiago Ferreira, aponta que a maior perda em termos relativos foi no setor de "Alojamento e Alimentação", com queda de 19,4%.
Pela primeira vez desde 2009, caiu a participação feminina entre os empregados das empresas formais do país. De 44,8%, o índice foi para 44,3% em 2020, sendo essa a menor participação feminina desde 2016.
De acordo com a pesquisa, enquanto no primeiro ano da pandemia da Covid-19, o número de homens assalariados caiu 0,9%, o de mulheres caiu 2,9%. Do total de 825 mil postos de trabalho perdidos entre 2019 e 2020, cerca de 71,9% eram ocupados por mulheres.
Em 2020, o Brasil registrou a maior queda da massa salarial, a soma de salários e outras remunerações, desde o início da série histórica da pesquisa, com uma retração de 6,0% na comparação ao ano anterior.