A Petrobras justificou na pandemia da Covid-19 e nas incertezas geopolíticas a escalda nos preços da gasolina, do diesel e do GLP. A nota, emitida pela direção da estatal, nesta sexta-feira (18), tenta acalmar o mercado internacional de petróleo, que enfrenta elevada volatilidade. O comunicado não deixou de fora as tensões na Europa, culminado com a invasão da Ucrânia pela Rússia no dia 24 de fevereiro.
Na avaliação da petroleira, os ajustes nos seus preços de venda são necessários para que o mercado brasileiro continue abastecido, mantendo a competitividade internacional e evitando o desabastecimento.
Mas, a mesma nota acrescentou que a Petrobras busca equilíbrio com o mercado, ao evitar repasses para os preços internos, diante das volatilidades das cotações internacionais e ainda da taxa de câmbio. Para a estatal, esse posicionamento permitiu que os preços nas refinarias da Petrobras tenham permanecido estáveis por 152 dias para o GLP (gás de cozinha), e 57 dias para a gasolina e o diesel, mesmo em quadro de ascensão do preço internacional.
Grande parte desta alta, avaliam os diretores, encontra reflexo em um ambiente de muita incerteza, agravado com aumento na demanda por combustíveis no mundo, dentro de um contexto agravado pela invasão da Rússia à Ucrânia, o que gera maior competição no mundo pelo fornecimento de produtos, reforçando, segue o comunicado, que os preços praticados no Brasil estejam alinhados ao mercado global para mitigar riscos de falta de combustíveis.