Naval, suspeito de ser um dos executores de Jerominho, pode chefiar maior milícia do RJ após morte de Pipito

Após morte de Pipito, a organização criminosa já se movimenta para a sucessão

Por João Boueri

Paulo David, conhecido como Naval, é apontado por informações da Polícia e MPRJ
Reprodução

O homem acusado de participar da morte do ex-vereador Jerominho pode se tornar um dos novos chefes da maior milícia do Rio de Janeiro. Após a morte de Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, a organização criminosa já se movimenta para a sucessão.  

Paulo David Guimarães Ferraz Silva, de 30 anos, está foragido. Segundo o Ministério Público do Rio, "Naval", como é conhecido, efetuou disparos contra Jerominho e um amigo em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O episódio aconteceu em agosto de 2022.  

Paulo David tinha sido preso por outro crime em agosto de 2015. No entanto, em março de 2021 a Justiça do Rio concedeu o benefício da Visita Periódica ao Lar e ele não retornou.

Naval ganha mais espaço na milícia após uma operação da Polícia Civil, que localizou o esconderijo de Pipito. O acusado foi baleado e morreu. Segundo a investigação, Rui Paulo trocava de carro para não ser localizado. No entanto, o último carro utilizado pelo criminoso foi identificado pelos agentes, que localizaram Pipito em uma casa na Favela do Rodo.

Trocas nas lideranças das milicias

As trocas no cargo máximo da maior milícia do Rio passaram a acontecer após a prisão de Luís Antônio da Silva Braga. Ele se entregou em dezembro do ano passado, na véspera do Natal. Zinho assumiu a organização criminosa em 2021, após a morte do irmão, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko.  

Antes, Carlinhos Três Pontes comandava o grupo. Ele acabou morto em 2017.  Naval trabalhava para Carlinhos pelo menos desde 2015.

Para o professor da UFF, Daniel Hirata, a morte ou prisão de chefes de milícias provocam a intensificação do conflito armado no Rio de Janeiro e dos conflitos internos.  

A milícia foi fundada por Jerominho no final dos anos 1990. Segundo as investigações, o ex-vereador foi assassinado em 2022 por determinação de Zinho, após ele descobrir que o ex-político queria retomar a liderança do grupo com o irmão Natalino José Guimarães.  

Em nota, a Polícia Civil disse que monitora a movimentação da milícia e que as investigações estão em andamento.

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