Museu da Imagem e do Som no Centro do Rio não possui certificado dos Bombeiros

O imóvel foi atingido por um incêndio no dia 13 de novembro

Por João Boueri

O incêndio foi causado por um curto circuito em um aparelho de ar-condicionado
Reprodução/Google Maps

O antigo prédio do Museu da Imagem e do Som, na Lapa, no Centro do Rio, está com processo administrativo para contratação de empresa especializada na elaboração de projeto de prevenção contra incêndio e pânico parado desde 2019. O imóvel foi atingido por um incêndio no dia 13 de novembro. A Fundação Museu da Imagem e do Som não possui o Certificado de Aprovação contra incêndio e pânico.

Um relatório da Diretória Técnica Operacional da própria Fundação Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro aponta que o Sistema de Detecção de Incêndio não funcionou no dia e que o mesmo precisa de manutenção urgente. O documento destaca também a falta de continuidade do projeto de prevenção contra incêndio e pânico. 

O processo administrativo só foi aberto em 2019, após a notificação do Corpo de Bombeiros em setembro daquele ano. Um ano depois, a Corporação multou a Fundação Museu da Imagem do Som em R$ 757,00 por não ter cumprido a exigência. O projeto chegou a ser orçado pelo valor mínimo de cerca de R$ 17 mil. 

Para o especialista em Gerenciamento de Riscos e Segurança, Gerardo Portela, é necessário que um edifício tenha um sistema de prevenção contra incêndio e pânico e que seja testado para verificar se atua de maneira preventiva. 

O incêndio foi causado por um curto circuito em um aparelho de ar-condicionado. Entre os itens danificados parcial ou totalmente durante o acidente, está uma placa comemorativa em homenagem ao compositor Herivelto Martins; uma tiara da cantora Elizeth Cardoso; o primeiro rádio portátil transistorizado com funcionamento a base de pilhas da marca japonesa Spica que chegou ao Brasil. 

O museu, que foi construído para as comemorações do centenário da Independência em 1922, preserva 37 coleções particulares de personalidades da cultura carioca, fluminense e brasileira, que somam mais de mais de 500 mil itens. Em dezembro do ano passado, o Governo do Estado retomou as obras da nova sede do museu, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, que estavam paradas desde 2016.

Procurado, o Governo do Estado ainda não se posicionou.

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