Especialistas avaliam como ineficaz para a segurança da população a construção do muro à prova de balas de fuzis na Linha Vermelha. A estrutura deve ser erguida pelo Governo do Estado no trecho entre a Ilha do Governador e a Baixada Fluminense, em áreas consideradas de risco.
A construção faz parte das obras de recapeamento de asfalto na via expressa e foi anunciada pelo governador Cláudio Castro e o secretário estadual de Transportes Washington Reis
Na análise do antropólogo e professor do Departamento de Segurança da Universidade Federal Fluminense, Lenin Pires, a iniciativa não vai efetivamente proteger o cidadão que passa pela via.
"É uma medida paliativa e vai gerar um gasto significativo do Governo do Estado, material blindado é extremamente caro, e que não terá a manutenção devida. Poderá ser subtraída pelos criminosos porque não terá vigilância. Acho a medida pouco efetiva e só corrobora para a pouca inteligência em curso na área da segurança do Estado."
As obras no trecho da Linha Vermelha, estadualizado recentemente, vão custar cerca de R$ 70 milhões. As intervenções também vão contar com identificação facial, bases com ambulâncias, iluminação em LED nas laterais das vias e câmeras de monitoramento.
Os detalhes foram revelados pelo secretário de Transportes e Mobilidade Urbana Washington Reis, que classificou que a revitalização do trecho pode facilitar o trabalho de policiais em comunidades próximas.
Mais de 140 mil motoristas passam todos os dias pela Linha Vermelha, principal caminho entre a Baixada Fluminense e o Centro do Rio. Ouvintes da BandNews FM já começaram a ver as obras sendo feitas.
As obras acontecem de segunda a sexta-feira, das dez da noite às cinco horas da manhã.