As cinco mulheres que estavam no carro de luxo do influenciador que atropelou e matou o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, são jogadoras do Botafogo.
Amanda Camargo, Débora Letícia da Silva Paz, Julia Teixeira de Souza, Karolayne Melo Fernandes Ferreira e Mirelly Campos, são rés pelo crime de omissão de socorro, mas respondem em liberdade. Elas estavam com Vitor Vieira Belarmino no dia 13 de julho na Avenida Lúcio Costa, quando o veículo atingiu o fisioterapeuta, que tinha acabado de se casar.
Os nomes de Amanda Camargo e Débora Letícia estão presentes na súmula da partida do dia 21 do mês passado, pelo Campeonato Carioca Feminino Sub-20, contra o Flamengo. O de Julia Teixeira, aparece no documento do jogo disputado do dia 14, contra o Fluminense, pela mesma competição. Karolayne Melo foi relacionada no dia 25 de agosto contra o Serrano. Já Mirelly Campos aparece na súmula do jogo contra o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro Feminino Sub-20, no dia 4 de junho.
O Botafogo confirma que todas continuam sendo ativas do clube. Em nota, a instituição diz que acompanha o caso desde o início e tem prestado assistência social e psicológica às atletas. O clube ainda diz que espera e vai contribuir para a elucidação do caso.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou que ainda não há uma data para que a audiência de instrução e julgamento delas aconteça. Segundo o advogado criminalista, Fabio Manoel, a decisão por manter ou afastar as jogadoras das atividades até que seja proferida uma sentença é do clube.
Essa sentença, se o juiz não determinar o afastamento das atividades delas, o que é pouco provável que ele faça isso, aí depende do clube. O clube que define se elas continuam trabalhando lá, no caso são jogadores do Botafogo, se elas continuam jogando pelo clube ou não. Ainda que elas sejam condenadas, como é crime de omissão de socorro, com certeza a pena delas vai ser substituída por uma pena restritiva de direitos. E se nessa substituição não tiver afastamento das atividades delas, mesmo condenado, elas poderão continuar jogando pelo clube
O influenciador Vitor Vieira Belarmino teve a prisão preventiva determinada no dia 24 de setembro, mas segue foragido. Ele responde por homicídio doloso, omissão de socorro e fuga do local do crime.
Segundo a perícia, o motorista dirigia o veículo em velocidades que variavam entre 109 km/h e 160 km/h, no trecho da Avenida Lúcio Costa onde a velocidade permitida é de 70 km/h.
A defesa de Vitor Belarmino não respondeu ao contato.