Mulher tem mão e punho amputados após parto em hospital particular

O caso aconteceu em outubro e passa a ser investigado pela Polícia Civil

Por Gabriela Souza

Gleice Kelly Gomes Silva ainda está em estado de choque pelo ocorrido
Reprodução

A Polícia Civil investiga como como lesão corporal culposa, o caso de uma mulher de 24 anos, que teve a mão e o punho esquerdos amputados após dar à luz um hospital particular. Gleice Kelly Gomes Silva foi nesta segunda-feira ao Instituto Médico Legal para tirar fotos de como ela está agora. O material vai ser anexado ao processo judicial que a vítima está movendo contra a unidade de saúde. 

O caso aconteceu em outubro. Gleice chegou ao Hospital da Mulher Rede Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e teve parto normal. 

Após o nascimento do bebe, a paciente sofreu uma hemorragia interna. Segundo ela, por causa da complicação, os médicos decidiram criar um acesso venoso na mão, para introduzir a medicação. Durante o procedimento, a jovem começou a sentir muita dor e incômodo no membro, que ficou roxo e inchado. 

O quadro de saúde de Gleice se agravou e os médicos decidiram transferi-la para outro hospital da mesma rede, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, onde foi constado que ela iria precisaria amputar a mão. 

Ainda em estado de choque, a jovem desabafa sobre a situação.

A advogada da vítima, Monalisa Gagno, explica que nesse caso, vai entrar com dois tipos de processo.

Ainda segundo a advogada de Gleice, em dezembro a paciente teve uma nova hemorragia e quando voltou na unidade de Jacarepaguá, descobriu que teria de retirar parte da placenta que esqueceram dentro do corpo dela, no dia do parto.

Além de perder parte do membro, Gleice precisou passou 17 dias internada. Longe do bebê, até hoje, a família busca uma resposta do hospital e tenta entender o que aconteceu.

A Polícia Civil disse que está ouvindo testemunhas e que pediu os documentos médicos para ajudar nas investigações.

Em nota, a rede Intermédica disse que o hospital está totalmente solidário com a vítima e lamenta profundamente o ocorrido. A rede hospitalar acrescenta que independentemente da apuração, o hospital vem mantendo contato com a paciente e seus representantes para prestar todo acolhimento possível e atender suas necessidades. A rede disse ainda que está à disposição para que todos os esclarecimentos necessários sejam realizados.

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