Outra mulher que deu à luz no Hospital da Mulher, de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, com o anestesista Giovanni Quintella na sala de cirurgia, no domingo (10), disse à polícia, nesta quinta feira (14), que estranhou a conduta do médico durante o parto. A paciente, que teve a identidade preservada, foi ouvida pelos investigadores da Delegacia de Atendimento à Mulher acompanhada do advogado Joabes Sobrinho.
Também estiveram na Deam o marido de outra possível vítima e uma das enfermeiras que filmaram o anestesista violentando uma gestante. Outras sete mulheres já entraram em contato com a polícia, suspeitando que também possam ter sido vítimas de Giovanni.
A delegada Bárbara Lomba, responsável caso, ainda tem uma lista de outras 30 pacientes que passaram por cirurgias em que o anestesista atuou e que podem ter sido violentadas.
A equipe de enfermagem suspeitou do anestésico que Giovanni usava nos partos. A substância propofol deixa a paciente inconsciente e raramente é usada em cesarianas. Giovani tem 32 anos e atuava como anestesista desde abril. Ele teve o registro suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Rio. Ele segue preso preventivamente no Presídio de Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste.