Mulher acusada de participar de roubo à residência é solta

Karen Cristina Gomes da Silva e sua família afirmam que ela não tem qualquer relação com o crime

João Boueri*

A cuidadora de idosos Karen Cristina, presa em julho, agora responderá em liberdade
Reprodução/Redes Sociais

A cuidadora de idosos acusada de participar de roubo à residência no dia 24 de fevereiro deste ano, no Cachambi, Zona Norte, foi solta nesta quinta-feira (4). Karen Cristina Gomes da Silva, de 29 anos, e a família dela afirmam que a mulher não tem qualquer relação com o crime. Agora, ela vai responder em liberdade.

O alvará de soltura foi concedido pela Justiça do Rio nesta quarta-feira (3). A cuidadora de idosos havia sido presa em julho. Ela estava no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste.

Agora, Karen Cristina terá que comparecer mensalmente ao cartório para informar e justificar as atividades e está proibida de manter contato com testemunhas e vítimas. Além disso, não poderá deixar o Estado sem autorização judicial, está proibida de sair de casa entre 20h e 8h e terá quebra do sigilo de comunicação e dados da conta de e-mail.

A cuidadora de idosos contou como foram os 11 dias na prisão e disse não perdeu a fé durante o período em que ficou detida.

Nas investigações, a digital de Karen não foi encontrada na casa, diferentemente das de Bruno Lourenço Cruz e Leonardo da Conceição, também acusados pelo crime, junto com outra pessoa não identificada. Por causa disso, a Justiça também determinou nova comparação das impressões colhidas no local do crime e na casa de Karen Cristina.

Além disso, a defesa de Karen sustenta que antenas de celular e o e-mail dela apontam que, no dia do crime, ela estaria em casa em Paciência, na Zona Oeste.

A cuidadora de idosos foi identificada pelo álbum de fotografias da delegacia. Os advogados de Karen alegam que a foto utilizada é antiga, do cadastro da Secretaria de Administração Penitenciária, feita quando ela visitou o pai do filho na prisão. Os advogados também questionaram como a fotografia foi parar no álbum já que Karen nunca foi investigada e não teve nenhuma outra passagem policial.

A defesa também pediu a verificação das imagens das câmeras de segurança de imóveis próximos ao local do assalto, que não foram anexadas aos autos do processo. As vítimas disseram que a mulher que participou do assalto tinha cabelos aloirados. No entanto, Karen Cristina tem cabelos pretos.

Segundo investigação da Polícia Civil, Karen Cristina foi apontada como a mulher que ajudou a render e agrediu uma das vítimas com pisões no pescoço e perguntou onde estavam o cofre e as joias.

O Ministério Público tinha pedido a prisão preventiva dos três acusados por assalto à residência de um casal. Na ocasião, segundo registro de ocorrência das vítimas, três armas de fogo, uma espada, um celular, carteira de documentos e dinheiro, três computadores e um relógio foram roubados.

Segundo pesquisa da Defensoria Pública entre janeiro e junho de 2021, 80% dos réus absolvidos por erros no uso de reconhecimento fotográfico passaram mais de um ano na prisão.

*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes

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