MPRJ mira contratos firmados pela Fundação Saúde; delegados estão entre os alvos

Investigações revelaram que servidores públicos teriam se beneficiado de forma indireta dos recursos obtidos a partir de contratos

Por Daniel Henrique

MPRJ mira contratos firmados pela Fundação Saúde; delegados estão entre os alvos
Os agentes cumprem 12 mandados de busca e apreensão
Reprodução

O Ministério Público do Rio cumpre 12 mandados de busca e apreensão, incluindo endereços ligados a dois delegados da Polícia Civil, em uma investigação sobre favorecimento indevido em contratos firmados pela Fundação Saúde. Um dos delegados é o Alan Turnowski, ex-secretário de Polícia Civil no Rio de Janeiro, que já chegou a ser preso em 2022 por envolvimento no jogo do bicho.

De acordo com o MP, as investigações revelaram que servidores públicos teriam se beneficiado de forma indireta dos recursos obtidos a partir de contratos de 2021 e 2022 em favor das empresas 'Vidgel Vigilância e Segurança' e 'Vidgel Serviços Terceirizados', para prestação de serviços em três unidades estaduais de saúde: Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, ambos na Baixada Fluminense, e Centro Estadual de Diagnóstico por Imagem, o Rio Imagem, no Centro da capital.

Os promotores identificaram o que eles chamam de triangulação financeira, envolvendo as empresas, o pai de um delegado e o próprio delegado, indicando a prática de repasse financeiro indireto.

Durante o cumprimento dos mandados os agentes apreenderam um carro e uma quantidade grande de dinheiro em espécie.

A Fundação Saúde, que é um dos braços da Secretaria de Saúde do Estado do Rio, foi a responsável pela contratação da empresa que fez os testes falso negativos para HIV em órgãos transplantados, no escândalo que foi revelado pela BandNews FM, apesar da operação desta terça-feira não tratar dessa situação.

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