O Ministério Público Militar pede as prisões dos quatro PMs envolvidos na ação que resultou na morte de Thiago Flausino, um menino de 13 anos, na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria, Silvio Gomes dos Santos e Roni Cordeiro de Lima foram indiciados nessa quinta-feira (24) pela corregedoria da Polícia Militar. Eles são cabos do Batalhão de Choque, uma das tropas de elite da PM do Rio.

Os pedidos de prisão acontecem depois de um relatório da corregedoria da PM apontar indícios de uma tentativa de incluir uma arma de fogo no local da morte do menino, para incriminar a vítima. Além disso, a investigação mostrou que os agentes envolvidos na ação usaram carros particulares, não viaturas descaracterizadas. O documento ainda aponta que houve omissão de socorro e abuso de autoridade, com a intenção de omitir e divulgar informações incompletas para atrapalhar as investigações. As informações foram confirmadas por fontes da BandNews FM.

Para o pai do menino, Diogo Flausino, os pedidos de prisão dos quatro PMs é só o início de justiça./ Ele acredita que outras pessoas também devem ser responsabilizadas.

Desde o início, familiares afirmavam que Thiago havia sido vítima de uma execução. Para comprovar isso, os próprios parentes conseguiram reunir testemunhas e treze vídeos de câmeras de segurança./ Todo o material foi entregue à polícia e à Defensoria Pública.

A família conta que, diante da morte de Thiago, muita gente se mobilizou e ajudou os parentes. A mãe do menino, Priscilla Menezes, diz que ele era querido por todos e muito responsável.

O caso aconteceu na madrugada do dia 7 de agosto. Thiago Flausino estava na garupa de uma moto na Cidade de Deus, quando levou três tiros durante uma operação policial que acontecia na região, e não resistiu aos ferimentos.