O Ministério Público Federal pediu ao Tribunal Superior Eleitoral a desaprovação das contas da campanha do governador Cláudio Castro e de Thiago Pampolha, candidato a vice na chapa do político reeleito. A procuradora regional eleitoral Neide Cardoso de Oliveira também pediu o recolhimento de mais de R$ 3 milhões e 200 mil ao Tesouro Nacional.
Segundo o documento, as falhas identificadas comprometem a lisura e a regularidade das contas de campanha. Além disso, foi identificada uma nota fiscal eletrônica emitida em nome de uma gráfica em favor do CNPJ de campanha da chapa no valor de cerca de R$ 3.900, que não foi contabilizada, o que caracterizaria omissão de despesas. A procuradora regional eleitoral também destaca que notas fiscais que seriam substituídas ou canceladas pela chapa não foram comprovadas.
Outra irregularidade constatada tem relação com a locação de veículos, que teria sido feita com empresas sem capacidade operacional mais de R$ 2 milhões. As contratadas também não possuíam autorização para realizar serviço de transporte com motorista.
O MPF também não conseguiu identificar quantos endereços funcionaram como comitê de campanha dos candidatos e os gastos totais para essa finalidade.
O contrato com uma empresa de comunicação também teve aumento de mais de 50% durante a prestação de contas, sem justificativa para o reajuste.
Em nota, a coligação Rio Unido e Mais Forte destacou que o documento é um parecer da Procuradoria Regional Eleitoral e não o julgamento final sobre a prestação de contas da campanha do governador Cláudio Castro, que deve ser realizado nos próximos dias.