A Justiça do Rio aguarda uma manifestação do Ministério Público para analisar o pedido de prisão feito pela Polícia Civil contra o policial militar reformado que baleou um estudante de jornalismo na Penha, na Zona Norte do Rio. O crime aconteceu no dia 24 de fevereiro, quando Igor Melo de Carvalho voltava do trabalho em uma moto de aplicativo.
Carlos Alberto de Jesus foi indiciado por duas tentativas de crime de homicídio.
Na ocasião, o universitário e o mototaxista Thiago Marques, que também ficou ferido, chegaram a ser presos por conta dos depoimentos do policial militar reformado e da esposa, que tinha sido assaltada horas antes. A mulher afirmou que os dois eram os assaltantes. Ela foi indiciada por falso testemunho majorado.
Igor e o motorista foram soltos em audiência de custódia
O Ministério Público já tinha pedido o arquivamento da investigação contra o estudante e o motorista de aplicativo por não haver provas, o que foi aceito pela Justiça.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o estudante e o mototaxista pularam de um viaduto para se proteger dos tiros disparados por Carlos Alberto de Jesus.
As imagens, que fazem parte das provas apresentadas pelas defesas, foram gravadas por volta de 1h30 e mostram o momento em que as vítimas passam de moto, seguidas por um carro. Igor saía do trabalho na moto por aplicativo pilotada por Thiago no momento da ocorrência.
Igor Melo produzia conteúdo para o site Vitrine Esportiva e para o canal de YouTube Informe Botafogo. O Craque Neto contratou o estudante para ser correspondente do Rio de Janeiro da Rádio Craque Neto. Em conversa com a reportagem da BandNews FM, o universitário disse que se sente realizado.
Após os disparos, o estudante ficou internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas por cinco dias e teve alta no dia 2 de março. Ele precisou tirar um dos rins por conta dos tiros.