O Ministério Público do Rio pede que o ex-vereador Jairinho e a mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, sejam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação.
Nas alegações finais enviadas à Justiça, a Promotoria também considera que não há indícios suficientes em relação às acusações de fraude processual e falsidade ideológica.
O MP afirma que Henry morreu por lesões graves provocadas por Jairinho entre o fim da noite do dia 7 e a madrugada do dia 8 de março do ano passado. Já Monique, ainda de acordo com o órgão, teria se omitido, já que sabia das agressões que o filho sofria, estava no local do crime e nada fez para evitá-las.
Os promotores alegam que o crime foi cometido por motivo torpe, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e com o emprego de meio cruel. Segundo o MP, Jairinho alegrava-se com a dor e o desespero da criança, enquanto Monique teria consentido com os episódios de violência em prol do benefício financeiro alcançado pela união com o ex-vereador.
O advogado de Monique Medeiros, Hugo Novais, classifica as afirmações do MP como equivocadas.
O que nós vamos fazer quando tivermos a oportunidade processual é demonstrar para a magistrada que há um grande equívoco do Ministério Público. Diante das provas já juntadas aos autos, nós vamos apresentar uma versão diametralmente oposta àquela que o respeitado promotor apresentou
Segundo os acusados, Henry foi encontrado desacordado no apartamento onde moravam, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Ele foi levado ao hospital com múltiplas lesões corporais e teve a morte declarada por hemorragia interna e laceração hepática.
Procurada pela reportagem da BandNews FM, a defesa do ex-vereador Jairinho não se posicionou.