O Ministério Público do Rio investiga o paradeiro do celular do ex-secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, que não foi apreendido, no dia da prisão do delegado, na semana passada.
Segundo o MP, Turnowski afirmou que perdeu o celular na noite anterior a prisão, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. No entanto, ao analisar as antenas de telefonia móvel, os promotores encontraram o registro do aparelho perto das 23 horas, no condomínio do delegado, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
O MP acredita que o telefone foi retirado do apartamento para evitar a apreensão.
Turnowski segue preso em uma unidade para policiais civis, em Niterói. O desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto negou um pedido de transferência de presídio feito pessoalmente pela própria Secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel.
Na decisão, o desembargador classificou como esdrúxulo o pedido de levar Turnowski para o Corpo de Bombeiros ou para o presídio da Polícia Militar porque o juiz de primeiro grau já havia afirmado que a cadeia pública Constantino Cokotós é historicamente destinada a presos da Polícia Civil ou SEAP, e que a área administrativa da unidade possui comodidades adequadas para higiene e segurança.
Em nota, a defesa do ex-secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, afirma ter recebido com espanto, uma vez mais, essas novas ilações feitas pelo Ministério Público que tenta criar, a todo momento, artifícios e falácias contra seu cliente, evidenciando e deixando latente que inexiste indícios ou provas de que tenha cometido qualquer ilicitude.