MP e polícia prendem milicianos integrantes do 'Bonde do Tandera'

O grupo têm relação com pelo menos quatro mortes que aconteceram no início de julho em Nova Iguaçu

Por Nicolle Timm

MP e polícia prendem milicianos integrantes do 'Bonde do Tandera'
MP e polícia prendem milicianos integrantes do 'Bonde do Tandera'
Reprodução/ TV Band

Os milicianos que foram alvo de uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil nesta terça-feira (18) têm relação com pelo menos quatro mortes que aconteceram no início de julho em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A informação foi confirmada pela polícia. Na ocasião, um menino de 12 anos identificado como Yan Gabriel Marques acabou morrendo depois de ser baleado na cabeça enquanto jogava bola.

A operação tinha como objetivo prender integrantes da milícia chefiada por Danilo Dias Lima, o Tandera. Cinco pessoas foram presas. Ao todo, os agentes buscavam cumprir nove mandados de prisão e outros quatorze de busca e apreensão na Zona Oeste do Rio, em Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, e na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Segundo o delegado Márcio Esteves, a ação foi resultado de uma investigação que começou há cerca de dois anos.

Entre os alvos, estava Gilson Ingrácio de Souza Júnior, conhecido como Juninho Varão, atualmente chefe da milícia que atua em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, mas ele não foi encontrado. De acordo com as investigações, o miliciano atua como braço armado e financeiro da organização criminosa, participando diretamente da compra de armas de fogo e munições.

Segundo o delegado José de Moraes, que também participou da operação, a expectativa é de que os crimes na localidade diminuam depois da ação, já que as mortes que ocorreram no início de julho, por exemplo, estão relacionadas a uma disputa de territórios entre milicianos rivais.

Entre os presos, estavam Johnny Alexandre de Souza Silva, conhecido como Jhon Jhon, Caio da Silva Faria, o Caio Poldoski, e Lennon Bento de Souza. De acordo com as investigações, Johnny é um dos coordenadores do grupo de ações táticas da milícia, considerado um criminoso violento. Já Caio monitorava as ações da polícia na Baixada Fluminense, e Lennon era responsável pelo monopólio de venda de cigarros na região e pela cobrança de taxas. Os outros dois presos, Kauã Matheus Santana Alves e Rodrigo Ferreira de Moura, foram detidos em flagrante enquanto monitoravam as equipes da operação.

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