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Motoristas de aplicativo protestam contra regulamentação da categoria hoje (2)

Esta foi a segunda manifestação da categoria no Rio contra o PL

Por Daniel Henrique

Motoristas de aplicativo protestam contra regulamentação da categoria hoje (2)
Reportagem BandNewsFM

Centenas de motoristas de aplicativo voltaram a protestar nesta terça-feira contra o caráter de urgência de um Projeto de Lei Complementar, que cria a categoria trabalhador autônomo por plataforma.  

O comboio de manifestantes saiu do Aeroporto Santos Dumont, no Aterro do Flamengo, e seguiu até a Avenida Presidente Vargas, esquina com a Avenida Passos, onde fica o prédio da sede da empresa Uber, no Centro do Rio.

Três faixas da pista lateral da via, no sentido Central do Brasil, foram interditadas pela manifestação, no trecho entre a Rua Uruguaiana e Avenida Passos. Com apenas uma faixa liberada, o trânsito foi impactado durante a manhã.

Esta foi a segunda manifestação da categoria no Rio contra o PL. Entre os pontos do projeto estão o imposto de 7,5% para a Previdência Social, valor destinado às empresas de 20% e remuneração mínima de R$ 32,10 por hora trabalhada em corrida, do momento em que a viagem é aceita até a chegada no destino.

Os manifestantes temem que com as plataformas diminuam o valor repassado por corrida, já que é possível fazer os mesmos R$ 32,10 em um tempo menor que uma hora, como explica o motorista de aplicativo Paulo Ascensão.

"Em quarenta minutos, meia hora, você consegue isso. Com esse mínimo, o que vai acontecer: se você rodava quarenta, cinquenta reais em uma hora, você vai ter agora 32,10. Vai ser diminuído pro motorista, vai taxar o passageiro e vai tirar da gente no final."

Para o motorista de aplicativo Dênis Moura, a remuneração por quilômetro rodado, tempo de viagem e taxa mínima por corrida, como uma espécie de bandeirada, seria mais justa.

"A gente sai pra pegar uma corrida sem saber exatamente quanto a gente vai ganhar. A gente precisa de um projeto que a gente tenha benefícios. A gente pleiteia que seja calculado o Km e o tempo. E uma coisa que ficou esquecida, de 2020 pra trás fazia e que não se faz mais, que é o valor fixo, que no táxi chama de bandeirada. A gente também tinha, que era um valor fixo, mais Km e tempo. Isso, na pandemia, a Uber tirou do jogo, as outras empresas acompanharam e passou a botar a taxa variável. Quer dizer, cobram 20, 30, 40%, quanto eles querem cobrad. Então a gente quer que retorne isso."

O Projeto de Lei tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, em caráter de urgência. Com isso, os deputados têm até o dia 19 de abril pra apreciar a medida.

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