A morte de um bebê de 23 dias em um pronto-atendimento infantil foi registrada na Polícia Civil como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A polícia apura se houve erro médico e uma possível omissão de socorro. O caso, que aconteceu no início dessa semana, é investigado pela Delegacia de Todos os Santos, na Zona Norte do Rio.
Os pais de Arthur Gonçalves dos Santos denunciam a unidade por negligência. Na última terça-feira, a mãe do recém-nascido decidiu levá-lo ao Prontobaby do Méier, na Zona Norte, depois de Arthur apresentar um quadro de febre. O pai, Júlio Cezar dos Santos Gaspar, afirma que o atendimento demorou a ser feito e que a medicação teria agravado ainda mais o estado do bebê.
O pequeno foi, então, transferido para a UTI Neonatal do Prontobaby da Tijuca, mas horas depois faleceu por parada cardiorrespiratória. O pai conta que sequer teve acesso a qual medicamento foi dado ao filho.
Em nota, o Grupo ProntoBaby afirmou que Arthur chegou na unidade com sinais de infecção e que foi prontamente atendido com antibióticos. O grupo ainda afirma que os exames constataram um quadro de infecção generalizada e meningite, que teriam levado à rápida e aguda evolução do quadro de infecção.
A Polícia Civil investiga o caso. Nos próximos dias, os agentes devem ouvir os responsáveis pelo atendimento médico e os familiares do bebê. Os policiais também solicitaram os boletins de atendimento médico e imagens de câmeras de segurança das unidades de saúde.