
Após o temporal que derrubou cerca de 30 árvores na noite de quarta-feira (12), moradores pedem que a Prefeitura do Rio intensifique as ações de poda.
Durante a tempestade, os ventos passaram de 60 km/h.
Nesta quinta (13), ruas da Zona Sul e do Centro ainda tinham muitos galhos e fios espalhados, enquanto funcionários da Comlurb e da Light atuavam em diferentes pontos da cidade.
Depois de aguardar por mais de 12 horas a chegada das equipes, o porteiro João Franklin decidiu agir por conta própria para remover os galhos caídos sobre a grade do prédio.
A advogada Érica Nicolay mora em uma rua com muitas árvores e conta que tem até medo de sair de casa em dias de chuva.
Apesar do temporal, a Prefeitura do Rio não mudou o estágio operacional da cidade nem enviou alertas aos celulares dos moradores. Segundo o Centro de Operações Rio, não foram atingidos os níveis necessários previstos no protocolo.
Uma creche em Laranjeiras passou a manhã sem energia e teve que funcionar apenas com as luzes de emergência.
Na praça próxima ao metrô de Botafogo, comerciantes não conseguiram trabalhar. Galhos atingiram a fiação e dois postes caíram, deixando os quiosques sem luz.
No Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, pacientes e funcionários tiveram que ser retirados após a água da chuva começar a jorrar do teto, mas o atendimento já foi normalizado.
No campus Praia Vermelha da UFRJ, corredores e salas de aula também ficaram alagados. Na Casa da Ciência, a queda de uma árvore danificou parte do telhado.
Quem tentava voltar para casa também enfrentou dificuldades no transporte público. As três linhas do metrô circularam com intervalos irregulares e as estações lotaram. Na SuperVia, a Central do Brasil ficou às escuras. O VLT também teve a operação impactada por alagamentos nas vias.
Segundo o Sistema Alerta Rio, os bairros mais atingidos foram Santa Teresa, Urca, Laranjeiras e Saúde.
Em um circo na Cidade Nova, o prejuízo deve passar de R$ 2 milhões. Parte da estrutura que sustena a lona cedeu com a forte ventania, justamente no espaço onde ficavam muitos dos equipamentos de som e luz.
O diretor do circo, Junior Perim, conta que o temporal começou enquanto ainda havia aulas no local.
Mais de 300 jovens são atendidos pelo Circo Crescer e Viver por meio de diferentes atividades sociais e educacionais. Para manter os trabalhos, o grupo lançou uma vaquinha na internet, disponível no site oficial circocrescereviver.org.br.