Moradores do Jardim Guanabara dizem que primeiros pedidos de poda foram em 2019

Luzia Mendes morreu na terça-feira (23), após ser atingida por galho na Rua Macari, esquina com a Rua Carmem Miranda, no Jardim Guanabara

João Boueri*

Moradores do Jardim Guanabara dizem que primeiros pedidos de poda foram em 2019
Reprodução/Google Street View

Após a morte de uma mulher que foi atingida por um galho de uma árvore na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, moradores da região afirmam que os primeiros pedidos de poda foram realizados há quase três anos, em 2019. O acidente que resultou na morte de Luzia Mendes, de 38 anos, ocorreu na Rua Macari, esquina com a Rua Carmem Miranda, no Jardim Guanabara.  

Apesar das reclamações, o pedido da Prefeitura à Light, para desligamento da rede elétrica para a realização da poda, ocorreu apenas em abril de 2021. Segundo a Comlurb, isso não foi feito pela concessionária. A Light alega que a poda foi realizada no ano passado e, depois disso, não foi mais intimada para realizar um novo serviço. No meio do imbróglio, estão os moradores que criticaram a presença das autoridades apenas na terça-feira (23), quando a morte ocorreu.   

A falta de comunicação entre a Prefeitura, Comlurb e a Light também ocorre em outras regiões da capital fluminense. A situação já foi tema de diversas matérias da BandNews FM. A Light possui cadeira fixa no Centro de Operações do Rio, mas decidiu há meses retirar o funcionário que permanecia no local. A concessionária disse que a saída foi por uma questão estratégica da companhia de alocação de recursos e não prejudicou em nada a relação com os órgãos públicos.

No Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, uma árvore invadiu um condomínio e já chega às janelas de apartamentos do imóvel residencial. O primeiro protocolo no 1746 foi aberto em novembro do ano passado. No mês seguinte, a Prefeitura disse que aguardava apoio operacional da Light para realizar a poda na Rua Antônio Baptista Bittencourt, 195. No entanto, segundo o professor Patrick Antonioli, o problema ainda não foi resolvido.  

O serviço está programado para ser realizado, em conjunto com a Comlurb, no dia 13 de setembro, com desligamento da rede elétrica.

Outra situação parecida ocorre em Olaria, também na Zona Norte do Rio. Na Praça Ramos Figueira, nº 15, uma árvore impede a utilização de um dos portões da garagem de um prédio residencial. O primeiro protocolo na Central 1746 foi em janeiro deste ano. Oito meses depois, o problema permanece. O síndico André Carvalho relata que o próprio portão da garagem segura a árvore.  

A Light disse que uma ação de poda está programada para o dia 8 de setembro. A empresa disse que vai deixar a árvore livre, caso a Comlurb queira futuramente.

Segundo a Comlurb, há 5.864 pedidos à Light para desligamento da rede para trabalho dos profissionais da companhia municipal.

*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes

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