A Prefeitura de Niterói, na Região Metropolitana, diz que aguarda uma licença e autorização do Instituto Estadual do Ambiente para completar a obra de desassoreamento do Canal de Itaipu. O trecho, que tem excesso de resíduos, liga a Lagoa de Itaipu ao mar. Mas por causa do assoreamento, parte do sistema lagunar tem ficado soterrada e seca.
Nesta segunda-feira (2), a reportagem da BandNews FM foi até o local e flagrou diversos pontos da lagoa sem água. Segundo os moradores, na semana passada, foram dias consecutivos de seca.
Os pontos com baixa vazão são normais na época de maré baixa, principalmente durante a manhã. Mas segundo os relatos dos frequentadores, há alguns anos, a lagoa não fica mais cheia como era antes por causa do assoreamento, como conta o caminhoneiro Alexandre Gomes.
No ano passado, técnicos do Inea constataram que uma obra no entorno da lagoa deixou uma espécie de aterro com entulhos, que causou danos ambientais, entre eles, o soterramento de uma espécie de carangueijo ameaçada de extinção. A empresa, Moreno Perlingeiro, foi contratada pela Prefeitura para ações de infraestrutura. Neste ano, no relatório de fiscalização, os técnicos sugeriram que a companhia fosse multada.
A BandNews aguarda posicionamento da empresa, do Inea e da Prefeitura sobre isso.
Já sobre as obras do canal, o Município de Niterói disse que a prefeitura está investindo 44 milhões de reais na recuperação do local e que realiza a primeira etapa da obra de desassoreamento, mas que espera uma licença do Instituto Estadual do Ambiente para a fase seguinte.
Por causa do assoreamento, parte do sistema lagunar tem ficado soterrada e seca
Divulgação/Cosan