Moïse estaria emocionalmente instável por questões pessoais, dizem testemunhas

O congolês teria perdido sua namorada e um filho durante o parto, familiares ainda não confirmam a informação

Gustavo Sleman

A passagem também faz parte do depoimento de Viviane de Matos Farias
Tomaz Silva/Agência Brasil

Testemunhas das agressões cometidas contra Moïse Kabagambe contaram à Polícia Civil que o congolês estaria emocionalmente instável dias antes de ser morto na praia da Barra da Tijuca por ter perdido uma namorada e um filho durante o parto.

Aos investigadores, um amigo do jovem, um adolescente de 17 anos, contou que em meados de janeiro escutou Moïse mencionar que estaria muito triste por conta disso, mas sem ter mencionado a morte da mulher.

A Polícia Civil, no entanto, ressaltou que a informação não teria sido confirmada por ninguém, nem mesmo por familiares do refugiado. A passagem também faz parte do depoimento de Viviane de Matos Farias, administradora do quiosque Biruta, onde o jovem estava trabalhando.

Segundo ela, Moïse apareceu bastante emocionado no dia 22 de janeiro, dois dias antes do crime, oferecendo serviços por estar com problemas devido ao episódio. Viviane contou ainda que ouviu gritos da briga entre o congolês e os agressores vindos em direção do quiosque Tropicália, onde o crime ocorreu, e que soube de um cliente do ataque.

Segundo Viviane, Aleson Cristiano, o Dezenove, um dos presos pela morte de Moïse, ligou para o SAMU pedindo socorro, mas não fez nenhum comentário sobre o que teria ocorrido. Ela afirmou que só soube de mais informações no dia seguinte.

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