Ministério Público pede prisão de sócio do laboratório PCS Saleme

Os nomes do pai dele, Walter Vieira, e de cinco funcionários do PCS Saleme também aparecem no documento assinado pela promotora Elisa Ramos

Por Gustavo Sleman

Laboratório PCS LAB Saleme
Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério Público do Rio pede a prisão do sócio do laboratório investigado pela infecção por HIV de pacientes após transplante de órgãos. Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira está entre os denunciados pelo MPRJ. Os nomes do pai dele, Walter Vieira, e de cinco funcionários do PCS Saleme também aparecem no documento assinado pela promotora Elisa Ramos Pittaro Neves. Com exceção de Matheus, todos os citados já estão presos.

Na denúncia, a promotora argumenta que os denunciados tinham conhecido que os pacientes que recebem órgãos recebem imunossupressores para evitar rejeição, e que qualquer doença em um organismo já fragilizado, principalmente HIV, seria devastadora.

O documento também cita que os envolvidos só tinham como preocupação o dinheiro, elaborando e assinando laudos falsos, provocando a contaminação de inúmerospacientes. 

A promotora menciona a existência de várias ações indenizatórias propostas contra o laboratório por erros de diagnósticos nos últimos anos.

Matheus Sales Vieira é filho de Walter Vieira, que está preso. Os dois são sócios do laboratório e parentes do ex-secretário de Estado de Saúde Doutor Luizinho. Matheus chegou a prestar depoimento a agentes da Polícia Civil e durante a segunda fase da operação contra a empresa ele chegou a ser acionado para auxiliar na abertura de uma unidade do PCS, na Baixada Fluminense.

Na denúncia, a promotora Elisa Ramos cita trecho do depoimento da funcionária Jacqueline Iris Bacellar que Matheus era responsável pela área de Tecnologia da Informação com acesso privilegiado e ilimitado a todo o sistema informatizado utilizado na empresa, possuindo autonomia para manipular documentos.

Dos denunciados, os funcionários Jacqueline Iris Bacellar, Ivanilson Fernandes dos Santos, Cleber de Oliveira Santos e Adriana Vargas dos Anjos já estão presos.

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