O Ministério da Saúde apura mais uma denúncia de assédio dentro do Hospital Federal Cardoso Fontes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Uma fisioterapeuta denunciou que, em junho, foi descansar em um quarto do setor depois do almoço, quando viu um colega se masturbando em outra cama. Segundo o relato, o homem teria sido flagrado por uma segunda funcionária, que entrou no cômodo logo depois. O servidor, então, teria se virado e parado com a ação.

O caso também é investigado pela Polícia Civil como importunação sexual e pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Segundo o Ministério da Saúde, a escala do funcionário foi alterada, para resguardar a denunciante.

Em julho, um urologista denunciou que outro servidor, um técnico de enfermagem, tinha tirado fotos das partes íntimas de uma paciente sedada, no mesmo hospital. O funcionário foi demitido em agosto.

Além dos casos de abuso sexual, a Polícia Civil também investiga uma denúncia de vias de fato no Hospital Federal dos Servidores, na Zona Portuária do Rio. Após uma discussão com médico, uma enfermeira teria sido segurada pelos braços por ele e jogada em uma poltrona. O caso teria acontecido em abril.

A BandNews FM aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o fato.

Chris Gerardo, servidora do Hospital Cardoso Fontes e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio, pede ações mais concretas frente às denúncias.

Relembre outros casos

Nos últimos anos, outros casos de abuso sexual em hospitais também ganharam repercussão. Em janeiro de 2023, o anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo foi preso e indiciado por estupro de vulnerável. Ele é acusado de estuprar três pacientes e filmar os crimes, além de armazenar imagens de pornografia infantil.

Já em julho de 2022, Giovanni Quintella Bezerra foi preso acusado de estuprar uma paciente durante parto, em um hospital em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.