Menos de sete horas depois de ser expedido, um mandado contra o miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, sumiu do Banco Nacional de Mandados de Prisão, do Conselho Nacional de Justiça. O acusado é apontado pelos setores de inteligência das polícias do Rio como o responsável pela ordem para que criminosos queimassem ônibus em diferentes pontos da Zona Oeste na segunda-feira (23).
Na decisão desta terça-feira (24), que determinou a volta de Pipito à prisão, o juiz Cariel Bezerra Patriota destacou que ele estava em liberdade condicional desde março de 2021, mas nunca obedeceu ao comparecimento trimestral determinado pela Justiça.
Após a morte de Matheus da Silva Rezende, apontado como o número dois da milícia da região, em uma operação da Polícia Civil, o grupo paramilitar estaria se organizando para que o criminoso assumisse a posição na hierarquia.
O benefício foi concedido em janeiro de 2021 pela juíza Juliana Benevides de Barros, que alegou que o réu já havia cumprido os requisitos previstos do Código Penal.
Pipito ainda tem outros dois mandados de prisão em aberto, expedidos em agosto e na semana passada. O mandado de 17/10 foi depois que a Justiça aceitou uma denúncia contra Pipito, Zinho e outros dois réus por homicídio qualificado, destruição ou ocultação de cadáver, concurso material e concurso de pessoas