Menino de 10 anos é baleado durante tiroteio na comunidade do São João

A criança foi socorrida pelos próprios moradores e segue internada no Hospital Municipal Salgado Filho

Por Pedro Dobal

Menino de 10 anos é baleado durante tiroteio na comunidade do São João
Na ação, os policiais apreenderam um fuzil, dois rádios comunicadores e drogas
Divulgação

O menino de 10 anos baleado no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, estava treinando futebol em uma escolinha do Morro São João quando foi atingido de raspão na cabeça durante uma troca de tiros entre criminosos e policiais militares.  

O caso aconteceu na tarde de quinta-feira (19). A criança foi socorrida pelos próprios moradores para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, onde segue internada com quadro de saúde considerado estável.

De acordo com a Polícia Militar, equipes da Unidade de Polícia Pacificadora da região faziam patrulhamento quando os policiais foram atacados por bandidos. Houve confronto.  

Um morador conta que foram ouvidos muitos disparos assim que a PM entrou na comunidade.  

Um homem suspeito de participar do tiroteio também ficou ferido. Ele foi levado sob custódia para a Unidade de Pronto Atendimento do Engenho Novo.  

Na ação, os policiais apreenderam um fuzil, dois rádios comunicadores e drogas.

Uma familiar do menino, que prefere não se identificar, lamenta que os moradores sejam obrigados a conviver com a rotina de medo.

Durante a noite, moradores fizeram um protesto e tentaram interditar as pistas da Avenida Marechal Rondon, mas a PM foi ao local e conseguiu liberar o trânsito.  

A Polícia Civil tenta identificar a origem do disparo que atingiu o garoto. Os policiais envolvidos na ação já foram ouvidos e as armas foram apreendidas para a perícia.  

A Polícia Militar também abriu um procedimento para apurar a dinâmica da ação e diz que colabora integralmente com as investigações.

Segundo o Instituto Fogo Cruzado, 26 crianças foram baleadas na Região Metropolitana do Rio apenas neste ano. Quatro delas morreram.  

O coordenador regional do instituto, Carlos Nhanga, cobra medidas do poder público e alerta que dados como esses não devem ser normalizados.

Os traficantes do Comando Vermelho que atuam no Morro São João travam uma guerra com criminosos do Terceiro Comando Puro pelo controle do Morro dos Macacos, comunidade vizinha.

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