Principal linha de investigação é que médicos foram assassinados por engano

Os policiais trabalham com a hipótese que o alvo era um filho de um dos principais chefes da milícia da região de Jacarepaguá, que se parece com uma das vítimas

Por Nicolle TimmGabriela MorgadoGabriela Souza

A principal linha de investigação do ataque a tiros contra médicos na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, é que as vítimas foram baleadas por engano. A informação foi confirmada pela repórter Yasmim Bachour, da TV Bandeirantes. 

Os investigadores trabalham com a hipótese que o alvo era um filho de um dos principais chefes da milícia da região de Jacarepaguá, Taillon, que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida. Ele é o que aparece com a camisa do Bahia na última foto tirada pelo grupo de colegas.

O crime foi flagrado por câmeras de segurança. As imagens mostram que três bandidos saíram de um carro branco, atiraram contra as vítimas, voltaram para o veículo e fugiram. 

Marcos e Perseu morreram na hora. Diego e Daniel foram levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na mesma região, mas o irmão da deputada não resistiu. Daniel Proença está internado estado grave.

Um dos médicos assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, é irmão da deputada federal pelo PSOL de São Paulo Sâmia Bomfim. Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, estava no Rio para participar de um congresso.

Segundo laudo do IML, cada um dos três médicos foi atingido por pelo menos cinco disparos em várias partes do corpo, mas o que matou foi o disparo no coração.

Representantes de forças de segurança fizeram um pronunciamento, nesta quinta-feira (5), após o Ministro de Justiça e segurança Flavio Dino, cobrar uma resposta célere das autoridades.

O secretário da Polícia Civil do Rio, José Renato Torres, afirmou que, por se tratar de um homicídio, as investigações não são tão rápidas mas assegurou que o crime não ficará impune.

Já o delegado-geral de Polícia de São Paulo, Artur Dian, disse que os criminosos estavam preparados para cometer o crime, que tem características de ter sido premeditado.

Segundo testemunhas, foram mais de 20 disparos contra os médicos. O crime aconteceu duramente a madrugada. Pouco antes de serem atingidos, as vítimas chegaram a tirar uma foto onde apareciam descontraídos e felizes. Outras testemunhas devem ser ouvidas e as câmeras de segurança da região também serão analisadas para esclarecer o caso.

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