A Polícia Civil busca por outras mulheres que foram atendidas pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra e que possam ter sido vítimas de estupro. O homem foi preso em flagrante ao ser gravado abusando de uma paciente, durante um parto, no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Segundo a delegada Barbara Lomba, um grupo de enfermeiros, principalmente formado por mulheres e jovens, desconfiou da quantidade de anestesia que o médico dava as pacientes e decidiu gravar um procedimento. Todo o estupro foi gravado.
O abuso contra a paciente foi cometido enquanto ela estava dopada e passando por uma cesárea. Nas gravações entregues para a Polícia, Giovani aparece forçando o sexo oral com a vítima.
O médico foi transferido para a cidade da Polícia. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que pode ter pena de até 15 anos de prisão.
O Conselho Regional de Medicina do Rio abriu um procedimento para suspensão imediata do anestesista.
A Secretaria de Estado de Saúde e a direção da unidade afirmam que o profissional não é servidor estadual. Ele prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para alguns hospitais da rede. A Fundação Saúde e a secretaria também abriram uma sindicância.
A defesa de Giovanni afirma que não teve acesso na íntegra aos depoimentos e provas e que só se manifestará depois.