Vai ser investigada por falso testemunho a médica que atendeu a jovem Fernanda Cabral, de 22 anos, que morreu após ter sido envenenada.
De acordo com as investigações, Maria Cecília Gonçalvez atestou, no documento de óbito, que a morte da estudante era por causas naturais, sem encaminhar o corpo da vítima para a perícia do Instituto Médico Legal.
Além disso, segundo os investigadores, a médica mentiu ao afirmar que a decisão de não notificar às autoridades era do chefe de plantão da unidade hospitalar. No entanto, a informação foi desmentida pelo próprio profissional.
Fernanda ficou internada durante 13 dias, na UTI do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, e não resistiu. Dois meses depois, o irmão dela, Bruno Cabral, apresentou os mesmos sintomas da irmã, após comer o feijão preparado pela madrasta. Ele foi atendido na mesma unidade conseguiu escapar.
O exame de exumação de Fernanda confirmou que a estudante morreu por envenenamento. Além disso, o material gástrico de Bruno apontou que o adolescente sofreu intoxicação por chumbinho.
Em nota, a direção do hospital afirmou que está à disposição para prestar todas as informações que possam contribuir com a investigação.
A Polícia Civil já pediu a prisão preventiva da madrasta dos irmãos, Cintia Mariano, acusada do crime. Ela também vai responder por homicídio e tentativa de homicídio.