A Marinha começa a ocupar a área militar no entorno do Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio de Janeiro, após a morte de uma capitão de Mar e Guerra e médica da unidade. A ação teve início na manhã desta quinta-feira (12), e não tem previsão para acabar.
Segundo a Marinha, fuzileiros navais vão ficar até o limite máximo de 1.320 metros do perímetro da unidade, com intuito de garantir a segurança da tripulação e usuários do hospital.
Blindados da Marinha foram vistos por moradores na região já por volta das 6 horas.
Na terça-feira (10), Gisele Mendes de Souza Mello foi atingida com um tiro na cabeça dentro do auditório da Escola de Saúde e não resistiu. No momento, acontecia uma operação da Polícia Militar contra roubo de veículos.
A perícia da Polícia Civil apontou que o tiro que atingiu Gisele partiu de bandidos que estavam no Morro da Cachoeirinha e tinham como alvo um blindado da PM na comunidade do Gambá.
As duas favelas ficam dentro do perímetro que vai ser ocupado pela Marinha. Os morros da Cachoeira e da Cachoeira Grande também ficam dentro da área.
O Hospital Marcílio Dias é rodeado pelo Complexo do Lins, conjunto de favelas dominado pelo Comando Vermelho.
O corpo de Gisele vai ser cremado nesta quinta-feira (12), durante a tarde. A cerimônia acontece de forma privada para amigos e família. Segundo a Marinha, a médica vai receber as devidas honras fúnebres.