O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio vai ouvir na próxima terça-feira (26), o vereador Marcos Braz. O também vice-presidente de futebol do Flamengo se envolveu em uma confusão que terminou com um torcedor agredido por ele e por seguranças na tarde da última terça (19).
O episódio ocorreu em um shopping da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Braz estava em uma joalheria, comprando presente para a filha, quando foi abordado por integrantes de uma torcida organizada do clube e cobrado sobre o desempenho da equipe.
O torcedor agredido e o dirigente prestaram depoimento na delegacia da região e fizeram exame de corpo de delito ainda durante a noite. Segundo a Polícia Civil, testemunhas que estavam no local também já foram ouvidas e diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.
A defesa do torcedor afirmou que ele não oferecia perigo quando foi surpreendido pelas agressões. O homem ainda teria sido mordido na região da virilha. A advogada Ani Luize de Oliveira classificou a conduta do dirigente como lamentável.
Enquanto a confusão envolvendo o vereador Marcos Braz acontecia, os parlamentares discutiam projetos na Câmara Municipal do Rio. A falta dele na sessão de terça-feira (19), foi a oitava sem justificativa neste ano.
Braz chegou a fazer o registro virtual de presença no início da tarde, mas teve a falta registrada porque não participou das votações.
A diretoria do Flamengo acredita que a confusão tenha sido premeditada por uma torcida organizada e tem manifestado internamente a intenção de manter o dirigente no cargo. Segundo o vice-presidente jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee Abranches, ele foi vítima de perseguição dos torcedores e, por isso, revidou.
O caso foi registrado como lesão corporal contra Braz e contra o torcedor. O vice-presidente de futebol também aparece no boletim de ocorrência como vítima de ameaça.
Marcos Braz não viajou com a equipe para Goiânia, para o confronto do Rubro-Negro com o Goiás pelo Campeonato Brasileiro.