Mais uma paciente do anestesista que estuprou grávida presta depoimento

Mulher que teve bebê no mesmo hospital poucas horas antes da vítima filmada é esperada hoje (15)

Thuany Dossares

Giovanni Quintella está preso Divulgação/Redes Sociais
Giovanni Quintella está preso
Divulgação/Redes Sociais

Uma outra paciente que fez um parto no Hospital da Mulher, de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, em que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra atuou, no domingo (10), é esperada hoje na Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) aqui da cidade para prestar depoimento.

Essa mulher foi uma das que teve bebê horas antes da vítima que foi filmada. Segundo a Delegada Bárbara Lomba, responsável pelo caso, a polícia já conseguiu confirmar que ela também foi sedada durante a cesárea e que Giovanni fez com ela um procedimento muito parecido com o da paciente que gerou a prisão dele.

Ontem, o marido dela também foi ouvido aqui na delegacia. Além dele, uma outra paciente que deu a luz horas antes da vítima do vídeo prestou depoimento e disse à polícia que estranhou a conduta do médico durante o parto.

A Polícia Civil já foi procurada por oito mulheres que suspeitam que também possam ter sido vítimas de Giovanni.

Os investigadores apuram ainda se outras 30 pacientes que passaram por procedimentos com o anestesista no Hospital da Mãe de Mesquita, outra unidade de saúde aqui da Baixada Fluminense, também teriam sido vítimas dele.

Além disso, durante a manhã de quinta-feira (14), a direção de outro hospital procurou a Deam para alertar que o anestesista participou de procedimentos com mulheres e se colocou à disposição para enviar um ofício com a quantidade de pacientes, que são vistas como possíveis vítimas.

A Polícia Civil aguarda ainda a relação de mulheres que Giovanni atendeu nos últimos dois meses no Hospital da Mulher de São João de Meriti, onde ele foi preso, que foi o período em que ele trabalhou na unidade.

O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) indica que Giovanini já atuou também como ginecologista e obstetra.

Para a policia, toda mulher que passou por um procedimento com ele pode ser uma possível vítima.

O médico segue preso no Presídio de Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste. Ele teve o registro suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Rio.

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