Mais seis pessoas podem ter sido vítimas do acusado de aplicar um golpe de um milhão de reais em uma professora da rede estadual. Carlos Augusto Garcia Gonçalves teria pedido dinheiro de Aline Verginia por quase um ano para lançar um aplicativo de português. Ele foi preso na segunda-feira (26) e, em audiência de custódia nesta quarta (28), a prisão foi convertida em preventiva.
Após a divulgação das informações, outros possíveis casos começaram a surgir. A reportagem recebeu a denúncia de participantes de um grupo no WhatsApp, chamado "Equipe de Meriti", criado por três secretários de Carlos. Eles afirmavam que ele tomaria posse em uma nova Secretaria na Prefeitura de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A pasta seria a de Pesca, Agricultura e Pecuária.
Os funcionários de Carlos chegaram a firmar contratos e pediam que os supostos novos contratados pagassem o exame admissional, de mais de R$ 300, com a promessa que depois seriam reembolsados.
A nossa reportagem entrou em contato com uma pessoa que faria parte do grupo de Carlos Garcia. Ela não sabia que estava sendo gravada e afirmou ser só mais uma vítima do golpe.
De acordo com uma das vítimas, que teve a voz distorcida e preferiu não ser identificada, os dados da empresa de contabilidade que Carlos usou no documento estão em formulários disponíveis na internet e o CNPJ apresentado não existe.
Procurada, a Prefeitura de São João de Meriti disse que não existe a secretaria citada e que o nome do homem não consta no sistema.
Além dela, os outros dois funcionários de Carlos no grupo alegaram ter sido usados como laranjas.