Mais de 12 milhões de pessoas ainda ocupam terrenos irregulares em áreas carentes de serviços públicos essenciais. A informação é do quarto balanço do Censo 2022, divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (6). Essa é a primeira vez em que a pesquisa entrevista pessoas que vivem nesta situação. Em 2020, esse número era de 11 milhões.
De 1º de agosto até 5 de dezembro, quase 170 milhões de brasileiros responderam ao Censo. O número corresponde a mais de 78% da população. Desses: 51% são mulheres e 48% são homens.
Pela primeira vez, as populações indígenas e quilombolas estão participando da pesquisa. Ao todo, mais de dois milhões e 600 mil pessoas já foram recenseadas.
A professora de economia do Ibmec Rio, Vivian Almeida, explica que o Censo pode ajudar a mudar o cenário da população que vive em terrenos irregulares.
Os estados mais avançados na pesquisa são o Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. Entre os menos adiantados na evolução da coleta estão Mato Grosso, Amapá e Espírito Santo.
Até o momento, cerca de 2,5% das residências recusaram participar do Censo. Em novembro, a taxa era de 2,3%.
O IBGE segue com problemas em relação à falta de profissionais em determinados locais. Há o preenchimento de apenas um terço das vagas, com cerca de 60 mil recenseadores.
No Rio, o instituto e a Secretaria Municipal de Saúde fizeram um acordo para capacitar Agentes Comunitários de Saúde que devem atuar como recenseadores.