A mãe da criança de 2 anos que morreu após ter sido torturada dentro de casa afirmou à Polícia Civil que soube da morte da filha pela televisão. Em depoimento realizado na última sexta-feira (10), a vendedora Izabela de Oliveira Matos também disse aos investigadores que não via a pequena Quênia Gabriela Oliveira Matos havia um ano.

Izabela explicou que entregou a filha aos cuidados do pai Marcos Vinícius Lino quando ela tinha três meses por ter entendido que ele teria condições de proporcionar uma qualidade de vida melhor a criança, já que ela passava por problemas financeiros e pessoais.

A vendedora informou ainda que existia um acordo para que o ex-companheiro passasse informações sobre a rotina de Quênia, o que, segundo ela, foi descumprido após alguns meses. Aos policiais, a mãe argumentou que acredita que a madrasta da criança, Patrícia André Ribeiro, dificultou a aproximação por ciúmes e que Marcos nunca se mostrou agressivo.

Izabela de Oliveira procurou a delegacia de Guaratiba, na Zona Oeste, por iniciativa própria. Funcionários da creche em que a criança era matriculada foram ouvidos, já que teriam notado um corte na testa da menina.

O pai de Quênia, Marcos Vinicius, e a madrasta, Patrícia Ribeiro, foram presos após serem denunciados por uma médica de um posto de saúde do bairro, ((após darem entrada com a criança na unidade com sinais severos de violência. Eles negam as acusações.