Luta feminina não está restrita ao Dia Internacional da Mulher

Símbolo da batalha travada contra a opressão, Carolina Valomim, mulher autista, vive o combate às desigualdades diariamente

Por Priscila Xavier

Hoje, aos 39 anos, com o diagnóstico em mãos, Carolina se sente livre
Ravena Rosa/Agência Brasil

A luta pela garantia de direitos é um dos temas que permeiam, não somente esta quarta-feira (7), considerado o Dia Internacional da Mulher, mas a vida de muitas mulheres mundo à fora. No entanto, outra batalha travada por essa classe é pelo respeito.

Essa foi uma das lutas de Carolina Valomim que, aos 35 anos, recebeu o diagnótico tardio do Transtorno do Espectro Autista. O processo até o diagnóstico começou a partir do início do acompanhamento de uma das filhas de Carolina, a Maria, que também é autista.

Até compreender o que se passava consigo mesma, Carolina precisou encarar outras lutas, como o preconceito.

Hoje, aos 39 anos, com o diagnóstico em mãos, Carolina se sente livre para viver e ser a mulher que quiser.

Além da luta por respeito, outras mulheres precisam encarar a realidade sem nenhum tipo de apoio no desenvolvimento dos filhos com deficiência. Diante da realidade difícil dentro de um dos maiores complexos de favelas do país, a Maré, na Zona Norte do Rio, um grupo formado por oito mães criou a sua própria rede de apoio. Foi assim que surgiu o Coletivo Especiais da Maré.  

O grupo alcançou as 16 comunidades do complexo e já soma mais de 600 integrantes. Lorrayne Gomes é mãe do Israel Gomes, de 16 anos, diagnosticado com hidrocefalia e mielomeningocele, e também integra o coletivo.  

A troca de experiências e a rede de apoio criada entre essas famílias faz com que a batalha pela garantia dos direitos dessas crianças e adolescentes permaneça ainda mais forte, apesar das adversidades.

Além disso, o grupo auxilia as famílias que precisam de atendimentos médicos, acompanhamentos com especialistas, na arrecadação de doações, como cadeiras de rodas, que são entregues às famílias. Quem quiser contribuir com o projeto, pode ajudar com doações e por meio do PIX 113.624.347-01 (Antonia Maria Souza Pirangi, Banco Santander). 

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