Light é cobrada por Prefeitura do Rio por dívida de R$ 1,17 milhão

A quantia corresponde ao não pagamento de um imóvel na Rua Francisco Otaviano, em Ipanema

Por João Videira (sob supervisão)

Light é cobrada por Prefeitura do Rio por dívida de R$ 1,17 milhão
Prédio da Light, em Copacabana
Reprodução/Google Maps

Um imóvel da Light em Copacabana, na Zona Sul do Rio, vai a leilão, para a quitação de uma dívida da companhia. A Prefeitura cobra um valor de cerca de R$ 1 milhão e 200 mil pelo local, na Rua Francisco Otaviano.

O leilão foi determinado pela Justiça do Rio.

O imóvel, avaliado em R$ 39,9 milhões, abriga uma subestação de energia. O edital foi publicado na última quarta-feira (3) e o leilão está previsto para o próximo dia 23.

O prédio no terreno em questão foi construído em 1983 e ocupa um terreno de 1,1 mil metros quadrados, com 2.857 m2 de área construída. 

Se não houver interessados, haverá uma nova chamada para leilão no próximo dia 24 de maio, com lance mínimo de R$ 19,5 milhões. 

À BandNews FM, a Light disse que o espaço é uma Subestação de Energia Elétrica pertencente à concessão e, assim, passível de imunidade tributária.

Segundo a distribuidora, apenas a fachada simula um edifício, mas seu interior é feito de equipamentos absolutamente necessários para a garantia do abastecimento de energia da região. A companhia ainda afirma que não chegou a ser notificada a respeito do tema.

Rombo bilionário

No último ano, a Light enfrentou um déficit de R$ 5,6 bilhões.

A distribuidora de energia do Rio passa por uma crise estrutural. No braço de distribuição, a empresa atua na área de concessão com o segundo maior PIB do Brasil e representa 64% da população do estado. A companhia negocia junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) uma revisão tarifária extraordinária. Se aprovada, a medida poderia ajudar a empresa a cumprir com suas obrigações financeiras.

A crise tem agravantes, como a taxa de juros, inadimplência e o furto de energia. Dentre as obrigações está a devolução de créditos tributários. Essa dívida ativa inclui débitos de IPTU relativos aos anos de 2014, 2016 e 2017 e atrasos no pagamento da conta do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.  

A empresa conta atualmente com uma proteção jurídica que concedeu a suspensão do pagamento de dívidas. Com a decisão, os vencimentos temporários estão suspensos até o próximo dia 11 deste mês. 

Com uma dívida que supera os R$ 11 milhões, a empresa avalia a entrada em recuperação judicial.

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