Líder comunitário afirma que tiro que atingiu menino de 12 anos partiu da PM

Segundo o presidente da associação de moradores de Jardim Catarina os polícias que fizeram o disparo não estavam fardados

Ádison Ramos

Vítima carregou a irmã nas costas e ainda tentou proteger uma amiga
Divulgação

O presidente da associação de moradores de Jardim Catarina, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, afirmou que o tiro que atingiu a cabeça de um menino de 12 anos, nesta segunda-feira (15) partiu de policiais militares. A criança estava a caminho da escola quando ficou no meio do fogo cruzado. Mesmo baleado, ele carregou a irmã, de sete anos, nas costas e ainda tentou proteger uma amiga.

Segundo o líder comunitário Tchetcheco Trindade Lima, os Pms que fizeram o disparo não estavam fardados.

A versão apresentada pela associação de moradores contradiz o relato oficial. Depois que a criança foi atingida, a Polícia Militar afirmou, em nota, que PMs faziam um patrulhamento na comunidade, quando foram recebidos a tiros pelos criminosos. Ainda segundo a PM, a equipe se abrigou e não revidou os disparos. O menino continua internado no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, também em São Gonaçlo. Nesta segunda-feira, ele passou por uma cirurgia para retirada da bala da cabeça.

O instinto de proteção do menino com a irmã e a amiga chamou a atenção. Para o líder comunitário Tchetcheco Trindade Lima, ele cometeu um ato heroico.

Dados do Instituto Fogo Cruzado mostram que, só este ano, 18 crianças e adolescentes foram vítimas de bala perdida no Rio.

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