IML confirma "chumbinho" no corpo de criança que morreu após comer bombom no Rio

O caso ocorreu no bairro de Cavalcanti, na Zona Norte do Rio, em setembro

Por Clara Nery

IML confirma "chumbinho" no corpo de criança que morreu após comer bombom no Rio
Morre menino envenenado com brigadeiro
Reprodução

Um laudo do Instituto Médico Legal confirma indícios de chumbinho no corpo da criança de seis anos que morreu após comer um bombom que ganhou na rua. O caso ocorreu no bairro de Cavalcanti, na Zona Norte do Rio, em setembro.

O documento aponta que foi encontrado traços de "terbufos", substância presente em um veneno irregularmente utilizado como raticida, no sangue e estômago de Ythallo Raphael Tobias Rosa. 

A suspeita é de que o menino e o colega, Benjamim Rodrigues Ribeiro, de sete anos, tenham comido um bombom envenenado entregue por uma mulher que passava pela rua. Benjamin foi socorrido e estava internado desde o dia 30 de setembro no Hospital Municipal Miguel Couto, na Zona Sul do Rio. 

O menino passou 10 dias em estado grave e teve a morte cerebral confirmada pela equipe médica. O protocolo de morte encefálica dura 48 horas e foi finalizado na tarde desta quarta-feira (9).

Ythallo Raphael morreu no mesmo dia em que comeu os bombons, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. O caso ocorreu em setembro, no Morro da Primavera, em Cavalcante, na Zona Norte. Ythallo brincava na rua com um primo, quando uma mulher em uma moto passou e ofereceu o bombom para os dois. 

O primo recusou, mas Ythallo aceitou. Ao voltar para casa, ele encontrou o amigo Benjamim e ofereceu um pedaço do doce, que foi aceito. Os dois foram levados a uma UPA da região após passarem mal. O laudo inicial de necropsia encontrou partículas granuladas amarronzadas no estômago.

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. Testemunhas já foram ouvidas, e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para identificar a mulher suspeita pelo crime. 

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