O laudo do Instituto Médico Legal da mulher que teve a mão e o punho amputados depois de dar à luz no Hospital Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, aponta que a ação foi necessária por causa da demora no atendimento e procedimento de emergência.
"O longo tempo da evolução da isquemia até a realização do procedimento de emergência, cerca de 20 horas, impede que o quadro seja revertido"
Para a defesa de Gleice Kelly Gomes Silva, de 24 anos, no entanto, o documento está incompleto. A advogada Monalisa Gagno afirma que houve omissão da unidade de saúde à Polícia Civil. Isso porque, no laudo do IML, não foi encontrado acesso venoso no prontuário médico ou queixas e sintomas de incômodo na mão.
Fotos mostram que a paciente estava com o acesso na mão esquerda e, Segundo familiares, a todo momento a vítima reclamava de dores e incômodos. A jovem, de apenas 24 anos, contou à reportagem da BandNews FM que a readaptação foi difícil, principalmente nos cuidados com o recém-nascido.
Cinco meses depois, Gleice Kelly Gomes Silva começou a fazer a reabilitação oferecida pela Intermédica e pede esclarecimentos sobre o que realmente aconteceu...
O Conselho Regional de Medicina do Rio e a Agência Nacional de Saúde Suplementar ainda analisam o caso, que foi registrado na Delegacia do Tanque como lesão corporal culposa.
Procurada, a Rede Intermédica disse que o processo judicial está em segredo de justiça e, por isso, o hospital não pode se manifestar. Ela também disse que está empenhada no esclarecimento dos fatos e à disposição da paciente e de sua família.