Justiça tenta localizar há 9 anos acusado de matar duas mulheres no Flamengo

Criminoso responde por um roubo cometido em 2013

Christiano Pinho

Contra William há dois mandados de prisão pendentes. Arquivo
Contra William há dois mandados de prisão pendentes.
Arquivo

A Justiça do Rio tenta localizar desde 2013 o homem procurado pelo assassinato de duas mulheres no Flamengo, na Zona Sul. As vítimas foram degoladas e tiveram os corpos carbonizados, na quinta-feira passada (09).

William Oliveira Fonseca, de 33 anos, é acusado de ser o autor de um roubo cometido contra uma estudante em um ônibus, na Rua Dias da Cruz, no Méier, na Zona Norte, no dia 7 de janeiro de 2013. A vítima do crime contou em depoimento, na época, que o assaltante disse que estava armado e segurou o sobrinho de apenas dois anos dela enquanto ameaçava machucá-lo. O criminoso levou o celular e dinheiro da estudante.  

Em maio daquele ano, após a apresentação da denúncia pelo Ministério Público, a juíza responsável pelo caso determinou que o oficial de justiça localizasse William para informá-lo sobre o processo, mas não houve sucesso. Ele precisaria cumprir medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar noturno.  

Em agosto de 2017, a prisão preventiva dele foi decretada pela Justiça do Rio. Entre as alegações do MP no pedido estavam o prejuízo a efetividade do processo diante do tempo passado desde a data do roubo e a possibilidade de o réu cometer outros crimes enquanto estava solto.

William também não foi localizado para o cumprimento do mandado de prisão. Cinco meses depois, o prazo prescricional do processo foi suspenso para que o Ministério Público tentasse identificar o endereço do criminoso.  

Agora, além do mandado de prisão preventiva pendente há uma ordem de prisão temporária a ser cumprida. Ela foi expedida neste sábado (11), após as mortes de Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e Alice Fernandes da Silva, de 51 anos.

O criminoso ainda tem passagem na polícia por receptação. Ele foi preso sob essa acusação em 2011 e chegou a passar um mês na cadeia, mas foi colocado em liberdade provisória. A Justiça absolveu William desse crime em 2016 por falta de provas.

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